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É Possível Evitar a Microcefalia?

Atualizado: 28 de abr. de 2021


A gestação é um período muito marcante na vida de uma mulher, e a partir do laço emocional que se forma muito antes do nascimento do bebê, os pais fazem o possível para que o seu filho ou filha esteja bem durante todo o tempo e que nasça completamente saudável.

Infelizmente, algumas condições de saúde podem atingir os bebês, e uma dessas condições é a microcefalia. Neste artigo vamos explicar a você sobre o que é a microcefalia, o que a causa e se é possível evitá-la.


Para começar, vamos entender sobre a condição em si.


Microcefalia é uma má formação congênita (já está presente no ato do nascimento de uma pessoa) caracterizada pela anormalidade no crescimento do cérebro e má formação da caixa craniana, isso significa que os bebês nascem com o cérebro em um tamanho reduzido, o que prejudica o seu desenvolvimento.


Quando o perímetro cefálico (tamanho da cabeça) de um bebê não prematuro é igual ou menor que 32 cm, ele já é considerado microcefálico. No caso de bebês prematuros, estes valores variam de acordo com o tempo de gestação.


Esta anormalidade do tamanho do cérebro pode ter como consequência a epilepsia, a paralisia cerebral, o retardo no desenvolvimento cognitivo, no desenvolvimento motor e no desenvolvimento da fala. Problemas de visão e de audição também podem ocorrer. O Ministério da Saúde informa que cerca 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, não é a toa que é uma condição de saúde muito preocupante, principalmente para as mães, pois pode afetar permanentemente a vida daquele bebê.


Uma característica da aparência de um bebê com microcefalia, além da circunferência da cabeça visivelmente inferior ao normal, é deformidade craniofacial. Em outras palavras, os bebês têm uma cabeça pequena, couro cabeludo enrugado, testa curta e projetada para trás, rosto e orelhas desproporcionais e grandes.


Observe a imagem abaixo, onde à esquerda são ilustrados o cérebro e a caixa craniana de um bebê com microcefalia, e à direita é ilustrada a cabeça de um bebê com cérebro e crânio em tamanho normal.





Sabendo disso, nos vêm a seguinte pergunta:


O que causa a microcefalia?


Bem, a microcefalia pode ser causada por fatores muito diferentes, podendo ser de origem genética, química, radioativa ou a partir de infecções. Estes fatores afetam a gestante, e consequentemente, o feto. São eles:


  • Anomalias cromossômicas;

  • Exposição à radiação;

  • Exposição à substâncias químicas e infecciosas;

  • Fumo de tabaco e derivados;

  • Ingestão de bebidas alcoólicas;

  • Infecção por vírus ou bactérias;

  • Desnutrição;

  • Má formação da placenta;

  • Falta de oxigênio nos tecidos e no sangue durante o parto.


As principais infecções que estão relacionadas à esta condição de saúde são:


  • Rubéola;

  • Herpes;

  • Citomegalovírus;

  • Sífilis;

  • Toxoplasmose;

  • Infecção por Zika Vírus.


Como é feito o diagnóstico?


Será que a microcefalia só pode ser identificada após o nascimento do bebê?


Não, esta condição pode ser diagnosticada durante o período de gestação, através dos exames de pré-natal, nesta situação, o médico responsável pelo acompanhamento da gestante irá solicitar o exame de imagem mais adequado.


Quando há suspeita de microcefalia antes ou após o nascimento, os bebês com suspeita são submetidos a exames físicos, medição do perímetro cefálico (tamanho da cabeça), exames neurológicos e de imagem.


Curiosidade: Os exames físicos são rotineiros nos berçários e devem ser realizados em até 24 horas após o nascimento do bebê.


Existe tratamento?


Infelizmente não, não existe um tratamento específico para a microcefalia, no entanto, existem ações que podem ajudar no desenvolvimento dos bebês e crianças microcefálicos.


As crianças com microcefalia devem participar de um programa chamado “Programa de Estimulação Precoce”, desde o nascimento até completarem 3 anos de idade. Esta estimulação precoce tem o objetivo de maximizar as áreas de desenvolvimento da criança que são afetadas pela microcefalia, isso inclui o desenvolvimento físico, neurológico, social, comportamental, cognitivo e também afetivo.


Agora chegamos à parte mais importante deste artigo:


É possível prevenir a microcefalia?


Embora não seja possível controlar os fatores genéticos, os fatores de risco secundários podem e devem ser evitados. As mulheres gestantes devem evitar:


  • Fumo;

  • Bebidas alcoólicas;

  • Exposição à radiação e substâncias químicas infecciosas;

  • Desnutrição;

  • Mosquito Aedes aegypti.


É muito importante que seja eliminado qualquer possível foco de proliferação do mosquito Aedes aegipty dentro da residência. Se uma mulher gestante vive em uma área com presença de mosquitos e possíveis focos de proliferação do Aedes aegipty em locais próximos, deve sempre reforçar o uso de repelentes, camisas de mangas compridas e calças, inseticidas seguros nos cômodos da casa, telas de proteção nas janelas e também mosquiteiros, a fim de evitar a picada do mosquito e a transmissão do Zika vírus. É recomendado também que as gestantes evitem o contato com pessoas que apresentam sintomas de infecção pelo Zika vírus.


Além disso, é preciso que a gestante tenha um acompanhamento de pré-natal adequado, contando com a realização de todos os exames necessários durante esta fase. É importante também que a gestante não faça uso da automedicação, caso seja notada alguma anormalidade durante a gravidez, esta deve ser comunicada ao médico responsável pelo acompanhamento o quanto antes possível.


É recomendado que o parto seja feito por profissionais de saúde em hospitais ou maternidades devidamente equipados e regulamentados.


O aleitamento materno deve ser mantido até os dois anos de idade (ou mais) da criança, sendo essencial e exclusivo durante os primeiros seis meses de idade. O bebê também deve ser vacinado corretamente e levado a um acompanhamento médico de rotina.


O tipo e a gravidade das sequelas variam de caso para caso, mas o tratamento buscando maximizar as áreas de desenvolvimento são essenciais para proporcionar uma melhor qualidade de vida à criança.


Agora que você pôde entender melhor sobre a microcefalia, que tal compartilhar essas informações com quem você conhece? Ao fazer isso, você estará ajudando as pessoas que desejam ter filhos a terem conhecimento e tomarem as medidas de prevenção corretas e, consequentemente, contribuindo para que mais bebês saudáveis continuem a nascer.


Contamos com você!






 

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