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Prevenção ao Suicídio (Setembro Amarelo)

Atualizado: 10 de nov. de 2021


O mês de Setembro é marcado por uma campanha de extrema importância com o objetivo de salvar vidas. A campanha conhecida como “Setembro Amarelo” tem o intuito de conscientizar, trazer informações, orientações e apresentar as opções de ajuda disponíveis para a prevenção do suicídio.


Segundo dados divulgados pela campanha, há registros aproximadamente de 12 mil casos de suicídios anualmente no Brasil e mais de 01 milhão no mundo, e cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão ligados a transtornos mentais, destes a Depressão e o Transtorno Bipolar são os mais recorrentes, assim como o abuso de substâncias.


Outras situações podem desencadear o desejo de suicídio, tais como:

  • Problemas financeiros;

  • Problemas familiares;

  • Discriminação por sexualidade ou identidade de gênero;

  • Agressões;

  • Rejeição;

  • Solidão;

  • Luto;

  • Doenças crônicas ou incapacitantes.

Estima-se que aproximadamente 90% dos casos de suicídio poderiam ser evitados se as vítimas tivessem recebido ajuda tanto de profissionais quanto de pessoas ao redor, mas para que as pessoas recebam a ajuda necessária e cada vez mais casos de suicídio não venham a acontecer, é necessário que todos tenham um melhor entendimento sobre o assunto e saibam como agir caso sejam notadas tendências suicidas em si ou em outros.


As pessoas que tomam esta atitude na maioria das vezes estão passando por um elevado sofrimento e não conseguem enxergar, no momento, uma saída ou solução para o(s) problema(s) ou situação ruim que se encontram. Essa sensação tende a ser causada ou impulsionada pelos transtornos mentais, que fazem com que o problema pareça não ter solução e pareça ser impossível suportar por mais tempo.


Consegue imaginar essa situação?


Idealize um jovem rapaz andando descalço e de olhos vendados com uma venda espessa, cheia de amarras e de difícil remoção, por um caminho muito estreito e cheio de pedras e buracos, descendo ao redor de uma alta montanha por vários dias. Ele sente os pés machucados e se machuca cada vez mais ao pisar nas pedras que não pode ver, e, ao tentar desviar, se desequilibra e o vento forte quase o faz cair, além disso, ele não sabe o quão próximo está da beira e isso faz com que seus passos não sigam a direção correta e o levam para a queda, que por muito pouco ele consegue evitar. A venda nos olhos não o permite ver o caminho para que ele possa desviar das pedras e buracos e se manter mais afastado da beira para que não caia. O fim da montanha (a solução), onde ele estará a salvo, pode estar poucos metros à sua frente, mas ele não consegue ver por causa da venda. Ele não faz ideia de onde esta “saída” está e acha que não conseguirá chegar lá, e todos os obstáculos, o medo, o cansaço e a dor o fazem querer desistir e propositalmente caminhar descuidado rumo à queda ou simplesmente se deixar cair. Sem a venda, ele poderia desviar das pedras e buracos, e andar afastado da beira, para evitar cair, e também seria capaz de visualizar o inicio da montanha, finalmente o fim daquele caminho extremamente perigoso e doloroso e caminharia até lá. Imagine que a venda nos olhos daquele rapaz são os transtornos mentais, eles o impedem de ver a solução para a situação em que se encontra.


Como é possível ajudar alguém que se encontra como este rapaz na montanha?


Muitos podem se perguntar: “Ele não poderia usar as mãos para tirar a venda?”, Sim e não.

Sim, ele poderia, com certa dificuldade, usar as mãos para remover a venda, mas se utilizamos a venda para comparar a um efeito dos distúrbios mentais em casos de suicídio, ele provavelmente não perceberia a venda em seus olhos, ou, se percebesse, teria muita dificuldade de removê-la sozinho.


Na maioria das vezes, as pessoas dão indícios de que tem a intenção de tirar a própria vida. Infelizmente estes indícios muitas vezes passam despercebidos pelas pessoas ao redor ou não são interpretados como algo sério. Falar sobre a própria morte, expressar falta de esperança ou falta de visão de futuro, estar com baixa autoestima ou apresentar uma visão negativa da vida são sinais de tendências suicidas, como também o isolamento social, ansiedade e mudanças no humor. Estes sinais podem se expressar através das atitudes, fala, escrita ou até mesmo desenhos.


O Ministério da Saúde adverte que, pessoas com intenção de tirar a própria vida podem também dizer frases óbvias, mas que muitas vezes são má interpretadas, tidas como exagero ou tentativa de chamar atenção. Algumas frases exemplificadas pelo Ministério são:

  • "Vou desaparecer”;

  • “Eu preferia estar morto”;

  • “Vou deixar vocês em paz”;

  • “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”;

  • “Eu não aguento mais”;

  • “Os outros vão ser mais felizes sem mim”;

  • “É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar”.

Ficar atento aos sinais e buscar conversar e saber ouvir uma pessoa que está precisando de ajuda é uma das formas mais eficazes de começar ajudá-la e evitar que algo muito ruim aconteça. O Ministério da Saúde listou as seguintes orientações caso seja percebido um comportamento suicida:

  • “Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio”;

  • “Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. Ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento”;

  • “Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa”;

  • “Se a pessoa com quem você está preocupado(a) vive com você, assegure-se de que ele(a) não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa”;

  • "Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo".

Um profissional de saúde mental poderá diagnosticar e iniciar o tratamento a transtornos mentais, trazendo gradualmente àquela pessoa a um estado onde ela poderá se sentir bem e enxergar um futuro e as possibilidades (como tirar gradualmente as amarras da venda do rapaz na montanha até que ela caia).


Reforçamos a existência do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), e do Centro de Valorização da Vida (CVV), cuja função é disponibilizar apoio emocional e ouvir, com sigilo, a todos que precisem conversar, e se necessário e, se a pessoa permitir ou pedir, podem ser indicados locais onde a pessoa conseguirá ajuda. O atendimento é feito através de telefone (ligação gratuita para o número 188), e-mail ou chat, através do site.


Se você, leitor, estiver precisando de ajuda, por favor, acesse www.cvv.org.br.


O suicídio faz com que problemas que têm solução destruam vidas, muitas vezes jovens, com muitos anos para viver. Não vamos permitir que isso aconteça.






 

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)


"...O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é conhecido por recorrentes crises de compulsão e obsessão. Neste caso, a característica “obsessão” pode ser definida como pensamentos, imagens e ideias persistentes, indesejados e bastante intrusivos, que invadem e se repetem na mente da pessoa contra a sua vontade..."


Qual o Melhor Tipo de Plano de Saúde Para Você?


"...Saber sobre os tipos de cobertura disponíveis antes da contratação é muito importante para ajudar a tomar a decisão correta sobre qual opção será mais viável de acordo com as necessidades de cada um, ou do grupo de pessoas a fazerem a contratação. ..."

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